O AMBIENTE E O SER HUMANO
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Componentes do grupo
CRIS LAYNE;
DEYSE;
MARJORIE;
JAQUELINI ALVES;
JAQUELINE RIBEIRO;
LINDINÊS;
THAISE;
LUDIMILLA;
JESSICA;
JAMILE;
LUCAS;
WHENDER;
YUMI.
O ambiente
O ambiente do ser humano resulta de condições naturais e artificiais, pois, além das necessidades sociais e culturais. Para satisfazêlas, o ser humano cria situações especiais , modificando constantemente o ambiente que o cerca. Como as modificações ocorrem numa velocidades muito grande, as consequencias são frequentemente desastrosas para o ambiente.
Em ecologia por componentes abióticos entendem-se:
Substâncias inorgânicas como por exemplo, carbono, nitrogênio, oxigênio, etc, que estão envolvidas nos ciclos dos materiais.
Compostos orgânicos como por exemplo, nutrientes, substâncias húmicas que ligam o biótico ao abiótico.
Regime climático, temperatura, umidade, movimento da massa de ar, etc.
Em Biologia são considerados os seguintes componentes abióticos:
Solo
Temperatura
Água
Umidade
Salinidade
pH
Componentes Bióticos
Componentes bióticos são aqueles que têm vida. Em ecologia entende-se por componentes bióticos os que são produtores, ou seja, organismos autotróficos e os consumidores, ou seja, organismos heterotróficos.
Exemplos de produtores: algas, algumas bactérias, plantas, etc
Exemplo de consumidores: animais
Na natureza não existe o meio biótico separado do meio abiótico. O meio biótico depende do meio abiótico e juntos formam um todo chamado ecossistema.
Há ecossistemas relativamente simples: uma poça d'água, um aquário, um jardim ou o copo de uma bromélia.
Chuva Ácida
Como se forma, problemas ambientais, clima, poluição do ar, combustíveis fósseis, gases tóxicos
O Protocolo de Kyoto visa a redução da emissão de gases que promovem o aumento do efeito estufa.
Poluição de rios e mares, água poluída, problemas de saúde, degradação do meio ambiente, III Fórum Mundial da Água
Fundamental para a vida em nosso planeta, a água tem se tornado uma preocupação em todas as partes do mundo. O uso irracional e a poluição de rios, oceanos, mares e lagos, podem ocasionar, em breve, a falta de água doce, caso não ocorra uma mudança drástica na maneira com que o ser humano usa e trata este bem natural.
Causas e consequências
Os principais fatores de deteriorização dos rios, mares, lagos e oceanos são: poluição e contaminação por produtos químicos e esgotos. O homem tem causado, desde a Revolução Industrial (segunda metade do século XVIII), todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.Em função destes problemas, os governos com cosnciência ecológica, tem motivado a exploração racional de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrâneas). Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado.Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro (região sul).Pesquisas realizadas pela Comissão Mundial de Água e de outros órgão ambientais internacionais afirmam que cerca de três bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.Cerca de um milhão não tem acesso à água potável. Em razão desses graves problemas, espalham-se diversas epidemias de doenças como diarréia, leptospirose, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de pessoas por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os hospitais e postos de saúde destes países.Busca de soluções
Com o intuito de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, entre 16 e 23 de março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, pesquisadores e autoridades de diversos países aprovaram vários documentos que visam a tomada de atitudes para resolver os problemas hídricos mundiais. Estes documentos, reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão e a eficiente administração dos recursos hídricos do planeta.Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no dia-a-dia todas as pessoas podem colaborar para que a água doce não falte no futuro. A preservação, economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer perigosas conseqüências num futuro pouco distante.
Curiosidade:
Produtos que mais poluem os rios, lagos e mares: detergentes, óleos de cozinha, óleos de automóveis, gasolina, produtos químicos usados em indústrias, tintas, metais pesados (chumbo, zinco, alumínio e mercúrio).
Biomas
O que são biomas, relação dos principais biomas, área biótica, classificação, biomas aquáticos e terrestres
Em ecologia chama-se bioma a uma comunidade biológica, ou seja, fauna e flora e suas interações entre si e com o ambiente físico: solo, água e ar.
Entendento os biomas
Área biótica é uma área geográfica ocupada por um bioma, ou seja, regiões com um mesmo tipo de clima e vegetação. Entretanto, um bioma pode ter uma ou mais vegetações predominantes.Apesar de poderem apresentar diferentes animais e plantas, sabe-se que há muitas semelhanças entre as paisagens dos mais diferentes continentes, isso ocorre devido à influência do macroclima (tipo de solo, condição do substrato e outros fatores físicos).Segundo alguns, os cinco tipos mais importantes de biomas são: aquático, desértico, florestal, de vegetação rasteira e tundra (vegetação proveniente do material orgânico que aparece no curto período de degelo das regiões de clima polar).Entretanto, alguns vão um pouco mais longe nesta classificação. Segundo estes, só no Brasil há seis diferentes tipos de biomas, sendo eles: Floresta Amazônica, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Zonas Costeiras.Há também uma classificação para os biomas aquáticos, que são divididos em biomas de água doce e marinhos, ou seja, aqueles que pertencem a água do mar.
Curiosidade:- O bioma da Terra compreende a biosfera.
Meio Ambiente Urbano
A natureza existe para nos servir, certo? Errado. Por mais importante que seja a espécie humana, não sobreviveríamos sem a natureza, logo, não podemos fazer com ela o que bem quisermos. Não é a natureza que nos pertence, nós é que pertencemos a ela. Nossas cidades seriam um lugar triste e feio sem a natureza, caso existisse apenas concreto, asfalto, automóveis. As árvores da cidade são um pouco dessa natureza. Elas enfeitam e tornam o ambiente mais agradável, abafam ruídos, retêm poeiras, contribuem para a troca do poluído gás carbônico dos automóveis pelo oxigênio que respiramos, abrigam os pássaros, etc. Elas ocupam um espaço no vazio da paisagem urbana, entre os prédios e ruas, e em nossas memórias. Aos poucos, vamos nos acostumando e até mesmo crescendo junto com as árvores da rua, praça ou fundo de quintal. Sem nos darmos conta, desenvolvemos uma espécie de afeição, quase amor, pelas árvores da cidade. Não é à toa que sentimos um certo vazio no peito quando nos deparamos com aqueles troncos nus, vítimas da eficiência de alguma empresa que recebe por árvore cortada e na outra ponta já tem negociado com alguma empresa para ganhar algum por fora em função do volume de madeira que entregar. Um verdadeiro desastre. É como se tirassem um pedaço de nossa memória, de nossa cidadania. E as maiores vítimas tem sido as amendoeiras. Trazidas da Índia, de onde são nativas, adaptaram-se tão bem ao nosso clima que crescem quase com alegria e estão presentes em quase todas as ruas. Não é sua culpa se são plantadas em lugares errados, sob fios de energia ou telefone, junto a calçadas, prédios e muros, etc. Muito menos devem ser sacrificadas por perderem as folhas com a chegada do inverno. As amendoeiras, diferente das árvores tropicais, são caducifólias, isto é, suas folhas caducam, caem, no inverno. Dão um trabalho danado para os garis, entopem bueiros, mas são uma beleza! Antes de caírem, sua folhas mudam da cor verde para diversos tons de vermelho, cor-de-abóbora, amarelo. Pouco depois de perder todas as folhas, nascem milhares de brotos, que logo viram folhas, de um verde novinho, como se a cidade se renovasse. Pena que os apressadinhos não conseguem perceber as amendoeiras. Aliás, percebem bem pouca coisa da cidade, tão preocupados em chegar a algum lugar, como se, para eles, tanto faz estar aqui ou ali, pois estão sempre de passagem. Precisamos de cidadãos que lutem por sua memória, ainda que dela faça parte as amendoeiras. Pouco importa se vieram da Índia, irritem os garis com suas folhas, dêem trabalho para pedreiros que precisam vez por outra consertar uma calçada aqui, uma rachadura ali. São nossas amendoeiras. São as árvores da nossa cidade!
A Gestão do Meio Ambiente nas Cidades
Cada eleição municipal é uma boa hora para se repensar uma agenda ambiental para as cidades, pois sem um meio ambiente preservado, dificilmente os lugares onde vivemos alcançarão os altos padrões de qualidade de vida que esperamos e merecemos. Logo, uma cidade ambientalmente melhor não é do interesse deste ou daquele partido ou político, mas de todos. O diagnóstico todos já conhecem. Cabe pensarmos nas soluções. Bem, aqui vão algumas contribuições.
ECOLOGIZAR E MUNICIPALIZAR A GESTÃO AMBIENTAL - Preservar o meio ambiente não pode - nem deve - ser tarefa de uma secretaria ou órgão específico, mas de todos, muito menos ser tarefa apenas do poder público, mas também das empresas, ONGs, sociedade em geral. Os caminhos para essa ‘ecologização’ podem ser vários, depende mesmo é da decisão política dos dirigentes. Uma sugestão pode ser utilizar a própria estrutura ambiental existente para ampliar a discussão, promover a capacitação necessária, estimular e monitorar a evolução de uma forma de administrar, compartimentalizada, para outra, ecologizada. Os atuais Conselhos de Meio Ambiente poderiam ser o fórum ideal para o início dessa discussão, buscando envolver todos os órgãos dos poderes executivo, legislativo, judiciário e também a iniciativa privada e as ONGs nessa discussão, que pode se dar através de diversos seminrios e audiências públicas. Uma outra tarefa fundamental é a capacitação e treinamento dos funcionários municipais para ecologizarem a administração. Esta capacitação já deveria levar em conta a necessidade de haver uma Reforma Ambiental que descentralize o licenciamento ambiental, cabendo aos municípios licenciar as atividades poluidoras a nível municipal, ficando para os estados o licenciamento intermunicipal e à União os licenciamentos que envolvam mais de um Estado, ficando os Estados e a União com papel supletivo sobre os municípios, no caso de haver abusos ou desvios. Os atuais órgãos e estruturas que cuidam do meio ambiente a nível municipal, por sua vez, ficariam com as funções de ação superelativa, orientativa, treinamento, capacitação, informação, dos demais órgãos do Poder Público municipal, além de prestar consultoria a cada órgão no sentido de buscar a correta adequação à questão ambiental. É só uma sugestão, mas haverão outras, de acordo com cada caso, o importante é ter a vontade de fazer.
ÁGUAS - Um dos maiores problemas ambientais das cidades é a carência de um sistema de saneamento adequado, o que leva não apenas à morte e contaminação de ecossistemas inteiros, mas aumentam os casos de doenças por veiculação hídrica e a mortalidade infantil. Por isso, não dá para se pensar apenas no clássico sistema de coleta, transporte e tratamento, que exige grandes investimentos e concentra a poluição em emissários. É preciso pensar também em pequenos sistemas de fossa e filtro que as novas tecnologias têm tornado com eficiência de remoção de mais de 90% da poluição. O poder público poderia incentivar estes pequenos sistemas com abatimento na conta de água e esgoto proporcional à poluição que o sistema conseguisse remover. Deveria ainda ser estimulado a formação de Consórcios por usuários de água por micro-bacias, para a gestão dos recursos hídricos, para garantir investimentos na recuperação dos mananciais das cidades, leia-se, investir em reflorestamento e preservação das matas existentes, pois são elas as responsáveis pelos poços e nascentes que abastecem as áreas que não recebem água encanada.
RECICLAR - Lixo não existe, todos sabemos. O que chamamos de lixo é só matéria prima e recursos naturais misturados e fora do lugar. Por exemplo, se o Poder Público incentivar a Coleta Seletiva, poderá devolver ao sistema produtivo toneladas de papel, plástico, metais, vidros, além de aumentar a vida útil dos atuais aterros. Os entulhos de obras que aterram margens de rios e entopem lixões podem ser moídos e se tornar em agregados para habitações populares. Os restos de comida, cascas de frutas e legumes, dão excelente adubo para hortas a serem feitas em regime de cooperativa nos terrenos vazios e abandonados das cidades, mas tudo isso só pode se tornar realidade se for coletado separado na origem. Na minha opinião, é uma ilusão pretender coletar tudo misturado e levar para uma milagrosa usina de reciclagem para ver o que pode ser aproveitado. O Poder Público pode estimular a formação de cooperativas de reciclagem o que, além de ajudar o meio ambiente, ajuda a gerar emprego e renda para a população mais pobre e sem qualificação.
ECOSSISTEMAS - O segundo maior problema ambiental das cidades, sem dúvida, é a destruição de seus ecossistemas. Além das queimadas, provocadas por balões ou pela queima do lixo não recolhido, a grande responsável pela destruição dos ecossistemas é mesmo a necessidade de moradia da população, de todas as classes sociais. Não há solução simples ou fácil neste caso, já que não dá para se decretar o fim da natalidade ou proibir o acesso das pessoas às cidades. Assim, cada novo condomínio ou loteamento precisa ser analisado com os rigores da lei, estabelecendo-se restrições que permitam o máximo de aproveitamento e preservação dos ecossistemas e das árvores, negociando medidas compensatórias, mitigadoras e reparadoras que levem no mínimo a repor em ecossistemas o dobro do que estiver sendo autorizado retirar, tudo num ambiente de transparência e da legalidade, com audiências públicas no âmbito dos Conselhos de Meio Ambiente. Nessas medidas compensatórias podem estar desde a recomposição do verde urbano quanto a obrigatoriedade dos interessados em investirem na efetiva implantação das Unidades de Conservação e criação de RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural), para que os atuais proprietários de áreas florestadas possam ser beneficiados com abatimento de impostos além de outras vantagens.
AMIGOS AMBIENTAIS - E, finalmente, uma Agenda Ambiental precisa incluir um amplo programa de Educação Ambiental que inclua não só a conscientização da população, mas principalmente, que estimule a cidadania participativa através dos fóruns próprios. As ONGs (Organizações Não Governamentais) Ambientalistas podem exercer papel fundamental, segundo a natureza institucional de cada uma. As ONGs ditas técnicas ou profissionais, podem ser parceiras do Poder Público e empresas obrigadas a cumprir medidas compensatórias, na elaboração de projetos ambientais. As ONGs ditas de combate podem ser aliadas na fiscalização das metas, prazos e efetividade dos projetos e exigências assumidas por empresas e em projetos do próprio Poder Público, como a implantação dos serviços de água e esgoto. Estimular o voluntariado ambiental nas cidades é apenas criar canais para que o sentimento de amor e o orgulho pelas cidades, que todo morador possui potencialmente, seja transformado em energia de criatividade e ações práticas pela melhoria do meio ambiente urbano.
Causa ecológica
Todos os dias a cidade de São Paulo "exporta" imensas carretas carregadas de lixo, material que viaja mais de 150 quilômetros para ser despejado em aterros sanitários distantes da capital paulista. A cidade não tem mais espaço para receber o lixo produzido por seus moradores.Cada brasileiro produz no mínimo um quilo de lixo por dia. Uma boa parte dele poderia ser reciclado. As cidades não precisariam gastar bilhões de reais todos os anos com varrição, coleta, transporte e despejo do seu lixo. Isso, sem levar em conta a contaminação do lençol freático com o chorume proveniente dos aterros sanitários. Para a Causa Sonora, diminuir o material coletado, subvencionando cooperativas de reciclagem, é mais barato para a administração pública. Lembre-se que as prefeituras pagam pela coleta e também pelos aterros onde depositam o lixo. Com o material reciclado, a administração pública poderia comprar, em forma de placas de trânsito, papel e papelão para todas as unidades da prefeitura. É uma idéia. A natureza agradece. As novas gerações também, já que receberiam um planeta menos poluído.
Pensando nos inúmeros problemas ambientais a Causa Sonora, mesmo tendo embalagens de papelão apropriadas para o empacotamento de livros, camisetas, CDs e DVDs, muitas vezes reaproveita caixas de papelão, plástico e isopor para o envio dos pedidos de seus clientes. A Causa Sonora tem a preocupação de embalar corretamente os produtos, mas sabe que tem o dever de contribuir com o reaproveitamento de certos itens. A Causa Sonora conta com a compreensão de todos.
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O homem ecológico e o futuro da biosfera
Discutir o futuro da biosfera é, sobretudo, resultado da preocupação com o futuro de nossa própria espécie, é necessidade de sobreviver – um impulso irracional biológico – força motriz do desenvolvimento humano. A noção de futuro, enquanto dimensão abstrata, promove a inquietação humana, o desejo por segurança e sobrevivência, mas, paradoxalmente, resulta nas condições do tempo presente, ou seja, o atual estado das coisas – sempre insatisfatório – que se transforma em perturbação e dinâmica sócio-ambiental por meio da noção de progresso e desenvolvimento, que é transformação e movimento pautados no desejo por um outro estado das coisas onde se supõe ser possível a realização humana, a convivência pacífica e o equilíbrio ecológico.
Esta utopia fundamentada na idéia de um “futuro melhor” é duplamente inconsistente. Do ponto de vista sociológico, a noção de progresso é entendida como um artifício das elites dominantes interessadas “em nos convencer que a história tem um destino certo - e glorioso - que dependeria mais da omissão embevecida das multidões do que de sua vigorosa ação” (Dupas, 2006; p. 290). Do ponto de vista ecológico, as idéias de equilíbrio ecológico e coexistência pacífica estão alinhadas à noção de equilíbrio estático que tem se mostrado inconsistente diante dos estudos recentes em Ecologia que apontam para o equilíbrio dinâmico, incerteza e surpresa como aspectos característicos dos sistemas ecológicos, onde a mudança é uma necessidade interna a esses sistemas (Scoones, 1999).
Embora essa consciência definida pela capacidade humana de abstrair-se do tempo presente em direção a um tempo futuro possa ser apontada como uma das características que diferencia o homem de outras formas animais, um fato incontestável é que o objetivo final dessa ação é o mesmo que permeia as ações de quaisquer outras formas de vida e se define, em última instância, na luta pela sobrevivência. Ou seja, embora os mecanismos responsáveis pela sobrevivência sejam particulares de cada espécie de ser vivo, a função – a causa finalista - desses mecanismos é a mesma para todas as formas de vida. Essa planificação das ações comportamentais tendo por base um eixo comum pode subsidiar a organização de uma matriz conceitual que permita a elaboração de uma nova forma de pensar o homem moderno dentro de seu contexto ecológico, o que se define no objetivo do presente trabalho.
Metodologia
A discussão sobre o futuro da biosfera está fortemente relacionada às formas tradicionais de pensar o ambiente por meio dos métodos clássicos da ciência ocidental que, apesar de consagrados, apresentam graves limitações com efeitos desestruturadores para o pensamento ecológico orientado para a reflexão que busca compreender o homem na complexidade sócio-ambiental das sociedades modernas. Essa complexidade, resultado da fragmentação produzida pelos métodos da ciência clássica, constitui- se num desafio novo para a Ecologia (Morin, 2003), e novos desafios nem sempre podem ser abordados, a contento, por meio do velho instrumental científico. Para superar o desafio que a complexidade, sob a forma de crise ambiental, coloca diante do conhecimento científico, Leff (2002, p. 17) sugere “a articulação de ciências capazes de gerar um método e um pensamento integrador do real, para desembocar num saber que vai além do conhecimento científico”.
O desafio que nos é apresentado pela crise ambiental exige um novo passo na evolução cultural humana, o que não significa abandonar as velhas formas do pensar, mas dotá-las de qualidade superior. Ou seja, não é, simplesmente, através da produção de maiores volumes de informação que será possível encontrar uma saída para a crise ambiental, mas, sobretudo, por meio do aumento das conexões e relações entre o grande volume de informações que dispomos atualmente, promovendo uma reorganização total do sistema de saber (Bachelard, 1996).
O trabalho que segue é resultado de uma análise epistemológica que, baseada no método dialético (Gil, 1999), procura compreender o homem dentro de uma matriz conceitual que integra e relaciona o pensamento científico e filosófico, visando ampliar o alcance do pensamento ecológico para a investigação relacionada ao objetivo deste trabalho.
A crise do conhecimento
Simplificação e fragmentação são causa e efeito do pensamento reducionista característico da ciência clássica que, através de sua abordagem disjuntiva, é incapaz de resolver acomp lexidad e que ela mesma produz por meio dos sucessivos processos de fragmentação do conhecimento e especialização em torno de sub-disciplinas (Morin, 2003).
Sob a forma de complexidade, emerge a crise ambiental atual que, para Leff (2002, p. 191; 176), “é acima de tudo um problema de conhecimento”, pois foi a “racionalidade científica e instrumental que produziu a modernidade como uma ordem coisificada e fragmentada”, a qual traz consigo uma crise ambiental que não se deixa compreender pelo conhecimento e pelas formas do pensar que dispomos atualmente.
Como resultado da metodologia hegemônica na investigação científica, produz-se um saber amoral, desprovido de conhecimento das causas e despreocupado em relação às suas conseqüências, representando, de acordo com Prigogine e Stengers (1997), uma ameaça para a vida. Adorno e Horkheimer (1985) explicam que isso se deve, principalmente, ao fato da ciência ter se restringido a um exercício técnico e ao seu distanciamento em relação a uma reflexão sobre seus próprios fins.
Além disso, a separação entre o objeto e o contexto em que está inserido, como prerrogativa da metodologia dominante na investigação científica, resulta na impossibilidade de clareza e entendimento quando procura-se recompor o todo por meio da justaposição daquilo que se acredita serem suas partes constituintes, produzindo, desta forma, a noção de complexidade que é embaraço, confusão e perplexidade diante do universo fragmentado do conhecimento científico (Morin, 2003).
A modernidade irrompe como o período em que o homem, notadamente nas sociedades modernas, alcançou sua maior eficiência de forrageamento em termos quantitativos por meio do avanço científico e tecnológico, bem como uma capacidade competitiva e predatória insuperável por quaisquer outras formas de vida atuais. Soma-se a isso sua extraordinária amplitude ecológica, definida pelo espectro de tolerância às variações ambientais, que lhe permite uma ampla distribuição geográfica ao longo de diferentes gradientes de altitude e latitude por todo planeta.
Os efeitos da ação humana se fazem sentir, praticamente, sobre todas as outras formas de vida,
operando como um intenso fator de seleção natural por meio das pressões crescentes que tem exercidoatravés de suas complexas redes de interação ecológica. Entre os impactos ecológicos mais notáveis, destaca-se o esgotamento de inúmeros recursos naturais, entre os quais figuram os combustíveis fósseis, responsáveis pela emissão de meio trilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) desde a revolução industrial (Guardian News, 2009).
Com o desenvolvimento tecnológico, aumentou também a eficiência de exploração dos oceanos com vista ao suprimento energético necessário para a expansão populacional humana, provocando um declínio de quase 90% no estoque pesqueiro mundial desde 1900 e levando a transformações desestabilizadoras na dinâmica dos ecossistemas oceânicos (Montaigne, 2007).
Talvez, ainda mais grave que as conseqüências da exploração pesqueira, a exploração dos recursos florestais figura como uma das principais causas de preocupação para a sobrevivência humana. De acordo com a Food and Agriculture Organization (2006), a taxa de desmatamento mundial é alarmante e continua crescendo numa proporção de 13 milhões de hectares por ano.
Os efeitos da ação direta do homem por meio da exploração ambiental somados aos efeitos da mudança climática têm exercido pressões devastadoras sobre a biodiversidade, inaugurando um episódio inédito de extinção em massa. De acordo com Levin e Levin (2002), a magnitude das taxas de extinção atuais está entre 100 e 1000 vezes maior que os episódios precedentes na história evolutiva dos seres vivos - o equivalente à extinção de uma espécie a cada 20 minutos.
Essas razões são suficientes para atribuir ao homem o papel de principal agente de perturbação no processo evolutivo das espécies atuais, acelerando a dinâmica sócio-ambiental por meio da noção de desenvolvimento e da ação tecnológica como produtos culturais. Dessa forma, o homem aparece como o autor principal do atual estado das coisas, o que lhe valeu, a designação de um ser anti-ecológico.
Ecologia e cultura
A noção de ser anti-ecológico é, contudo, efeito de uma ideologia ambientalista que ainda se sustenta num pensamento baseado na idéia de equilíbrio ecológico estático e que supõe o homem como criatura superior e separada do reino animal. Trata-se de uma concepção em que o desejo do homem de não ser animal é mantido como sustentação de uma ideologia que opõe aspectos inseparáveis comocu l tu ra e
natureza, homeme animal, impedindo um entendimento claro acerca da problemática humana
contemporânea.
Por outro lado, perceber o homem como um ser ecológico pode revelar novos caminhos para a construção de um pensamento consistente para situar as sociedades humanas modernas dentro de seu contexto ecológico, reestabelecendo os elos de ligação entre os elementos que constituem o universo complexo em que estão inseridas, e assim, por meio deste novo olhar, construir umsa b er capaz de solucionar o paradoxo da sobrevivência, isto é, o problema circular que aparece quando sobreviver como população no tempo presente, pelo menos em termos biológicos, torna-se um risco para a sobrevivência da espécie no futuro.
É na intensificação dos mecanismos de perturbação que a modernidade aparece como sujeito provocativo ao impulsionar as transformações sociais e ambientais e, conseqüentemente, exigindo mais um passo na evolução cultural para solucionar a complexidade que emerge, entre outros aspectos, como crise ambiental.
O comportamento humano nas sociedades modernas parece não favorecer a premissa da cultura como instrumento para a sobrevivência. Isso se deve ao fato da cultura estar ainda ancorada às formas primitivas de sobrevivência. Isto é, sobreviver continua sendo, na modernidade, seguir a orientação biológica baseada na eficiência crescente da exploração sócio-ambiental em busca de maiores níveis de energia, o que põe em risco a sobrevivência humana e define o paradoxo da sobrevivência.
Apesar da tese que aponta o homem como a criatura que se distingue de todas as outras formas de vida devido ao exercício da razão, essa racionalidade, materializada no conhecimento científico e tecnológico como expressões culturais, continua a serviço do aspecto biológico humano, isto é, o aspecto primitivo animal inerente ao homem. Morin, citando Paul MacLean, autor da teoria evolutiva
do cérebro trino, reforça a assertiva acima (Morin e Cyrulnik, 2004; p. 56).
O ser humano tem em si o cérebro reptilário (sede da agressão), o cérebro dos antigos mamíferos (sede da inteligência e da afetividade), finalmente o neocórtex cerebral (sede das operações lógicas ditas racionais. [Contudo] não existe soberania do [aspecto] racional sobre a afetividade, mas hierarquias em permanente permutação em que os nossos instintos mais bestiais vão controlar a nossa inteligência para realizar suas finalidades.
Nesse sentido, a razão parece ainda desempenhar o papel de um acessório biológico, ou seja, o aspecto racional humano atua de modo condicionado às instruções do aspecto irracional, promovendo uma complexa organização social com vista ao aumento da eficiência ecológica humana baseada nos modelos primitivos de competição e predação, com isso, concorrendo, entre outros efeitos, para a atual crise ambiental.
Contudo, o que poderia ser visto como uma incompatibilidade entre o comportamento cultural do homem moderno e o quadro sócio-ambiental resultante das pressões culturais desponta como conseqüência inevitável de uma cultura moderna construída ao longo do tempo evolutivo das sociedades humanas e que, apesar de toda sofisticação artística e tecnológica, ainda se sustenta em sua base arcaica – paleolítica.
Geertz (2008; p. 32) propõe a idéia da “cultura como um conjunto de mecanismos de controle”, de modo semelhante aos programas computacionais, “para governar o comportamento” do homem que “é precisamente o animal mais desesperadamente dependente de tais mecanismos de controle”. Sob a idéia dos programas culturais proposta por Geertz, a noção de cultura, baseada na estrutura dos
mecanismos de controle, nivela-se ao mecanismo genético de ordenação do funcionamento biológico,
complementando-o e interagindo reciprocamente por meio dos processos epigenéticos.
Embora seja inquestionável a importância da cultura para o desenvolvimento das sociedades humanas, há, por outro lado, o radicalismo de um vasto segmento do pensamento antropológico baseado na idéia que “o homem é o único ser possuidor de cultura” (Laraia, 2008; p. 28), servindo de suporte para separar aspectos inseparáveis do ambiente natural.
De acordo com Lestel (2001; p. 8 e 12), o entendimento “que os animais possuem comportamentos culturais não é uma noção nova na etologia”, sendo “as culturas humanas apenas particulares”, ou seja “o fenômeno cultural não se aplica exclusivamente às sociedades humanas”.
Portanto, cultura não é o aspecto que diferencia e distancia o homem do reino animal – ou de seu aspecto biológico – mas aquilo que intermedia a relação humana com o ambiente, propiciando a possibilidade de evolução dos processos de interação que visam, sobretudo, estreitar os laços, por meio do desenvolvimento de um conhecimento cada vez mais amplo e profundo em diversidade e conectividade, com o mundo em que vivemos. Morin define cultura de modo muito simples e eficiente ao apontar que “é o fato de não se estar desarmado quando nos colocam perante diferentes problemas” (Morin e Cyrulnik, 2004; p. 4). Considerando que “a evolução é um processo de resolução de problemas” (Foley, 1993; p. 26), a cultura se apresenta como um mecanismo capaz de produzir respostas muito mais rápidas que a genética.
Dessa forma, a crise ambiental moderna, que Leff (2002) condiciona à crise do conhecimento, deve ser redefinida não simplesmente como produto de uma crise cultural, mas como uma crise da ecologia humana, que são as interações resultantes das formas de percepção condicionadas pelo conhecimento enquanto expressão cultural.
Considerações finais
Para que o homem possa dirigir seu destino, antes, é necessário reconhecer que, até agora, seu destino
foi guiado por forças subjacentes à sua vontade. Esse reconhecimento quer dizer que o estatuto do homem deve ser repensado e, de acordo com Lestel (2001; p. 273), uma das formas de “repensar a identidade humana consiste em repensar as relações do homem com o animal”, ou seja, empreender o desvendamento da identidade humana na intimidade do diálogo interior com sua essência biológica. Se existe um aspecto que realmente pode definir a especificidade humana, é aquele em que reside a esperança para a sobrevivência humana, como sugere Morin no parágrafo abaixo (Morin e Cyrulnik, 2004; p. 58).
E o que caracteriza, simultaneamente, a maravilha e a tragédia humanas é que o homem talvez
pertença à única espécie capaz de transgredir as leis naturais.
É na transgressão das leis naturais que o homem pode definir sua identidade e, sobretudo, romper com o determinismo biológico, mas não simplesmente na esfera das escolas do pensamento científico e filosófico, mas, fundamentalmente, na ação prática resultante de uma cultura em permanente reinvenção que se manifesta por meio das interações ecológicas do homem.
O desafio colocado pela complexidade sob o espectro de crise ambiental exige um novo passo para além do convencionalismo e da insuficiência das formas cristalizadas do pensamento científico tradicional, promovendo, ainda que transgredindo as leis naturais, a restituição do papel fundamental da cultura – eixo orientador da ecologia humana – que se define ao garantir a sobrevivência humana. O sucesso da espécie humana até os dias atuais deveu-se, notoriamente, ao caráter dinâmico da cultura que sempre foi capaz de encontrar soluções, através de suas transformações permanentes, aos problemas impostos pelo ambiente ao longo do processo de expansão da amplitude ecológica do homem.
Hipótese de Gaia
A hipótese Gaia, também denominada como hipótese biogeoquímica,[1] é hipótese controversa em ecologia profunda que propõe que a biosfera e os componenetes físicos da Terra (atmosfera, criosfera, hidrosfera e litosfera) são intimamente integrados de modo a formar um complexo sistema interagente que mantêm as condições climáticas e biogeoquímicas preferivelmente em homeostase. Originalmente proposta pelo investigador britânico James E. Lovelock como hipótese de resposta da Terra,[2] ela foi renomeada conforme sugestão de seu colega, William Golding, como Hipótese de Gaia, em referência a Deusa grega suprema da Terra – Gaia.[3] A hipótese é frequentemente descrita como a Terra como um único organismo vivo. Lovelock e outros pesquisadores que apoiam a ideia atualmente consideram-a como uma teoria científica, não apenas uma hipótese, uma vez que ela passou pelos testes de previsão.[4]
O cientista britânico, juntamente com a bióloga estadunidense Lynn Margulis analisaram pesquisas que comparavam a atmosfera da Terra com a de outros planetas, vindo a propor que é a vida da Terra que cria as condições para a sua própria sobrevivência, e não o contrário, como as teorias tradicionais sugerem.
Vista com descrédito pela comunidade científica internacional, a Teoria de Gaia encontra simpatizantes entre grupos ecológicos, místicos e alguns pesquisadores. Com o fenômeno do aquecimento global e a crise climática no mundo, a hipótese tem ganhado credibilidade entre cientistas.
Relação do ser humano com o planeta
As reações do planeta às ações humanas podem ser entendidas como uma resposta auto-reguladora desse imenso organismo vivo, Gaia, que sente e reage organicamente. A emissão de gás carbônico, de clorofluorcarbonetos (CFCs), de desmatamentos dos biomas importantes como a floresta amazônica, a concentração de renda, o consumismo e a má distribuição de terra podem causar sérios danos ao grande organismo vivo e aos outros seres vivos, inclusive ao ser humano. Por conta disso, há aumento do efeito-estufa, a intensificação de fenômenos climáticos, o derretimento das calotas polares e da neve eterna das grandes montanhas, a chuva ácida, a miséria e a exclusão humana.
Apesar das dificuldades de definição do que é a vida no mundo científico, essa teoria é uma nova forma de se entender o meio ambiente, pois se sabe que o ser humano faz parte do todo e que o planeta é um ser que se auto-regula. A Terra é uma interação entre o vivo e o não-vivo. Precisamos perceber que fazemos parte de um organismo vivo que se auto-regula e interage com os outros seres. A analogia da Sequóia esclarece muito: é uma espécie de árvores que chega até 115 metros de altura, e é composta por 97% de material não-vivo. Comparando-a com o planeta Terra, pode-se perceber que o planeta é composto por uma grande quantidade de material não-vivo e possui uma fina camada de vida (seres vivos). O grande corpo do planeta tem a capacidade de auto-regulação, fruto da interação dos seres vivos e não-vivos.
Hipótese
Os organismos individuais não somente se adaptam ao ambiente fisico, mas, através da sua ação conjunta nos ecossistemas, também adaptam o ambiente geoquímico segundo as suas necessidades biológicas. Desta forma,as comunidades de organismos e seus ambientes de entrada e saída desenvolve-se em conjunto, como os ecossistemas. A química da atmosfera e o ambiente físico da terra são completamente diferentes das condições reinantes em qualquer outro planeta do sistema solar, fato este que levou a hipótese Gaia(sustenta os organismos, principalmente, os microorganismos, evoluíram com o ambiente físico, formando um sistema complexo de controle, o qual mantém favoráveis à vida as condições da terra-Lovelock 1979
Hipótese II
A comunidade ocidental tradicionalmente observa os eventos ecológicos através do viés naturalista instituído nos séculos XVIII e XIX, onde há uma clara segregação entre a organicidade propriamente "natural" e o universo dos objetos humanos, ou mundo "artificial". Além disso, não há em momento inicial algum, as possibilidades de infraestrutura orgânica com objetivo de suporte ao organismo informacional. Revisões de conceitos contemporâneos e dos próprios paradigmas científicos procuram atualmente retificar lacunas emergentes nos campos da física quântica, da astronomia e da biologia, além da cibernética e da filosofia. Conceitos novos que desmontam o raciocínio linear e materialista acumulado historicamente, que porém ainda domina diversas instituições científicas, inclusive, algumas ongs ambientalistas. Observando-se através de um viés mais complexo, comprovado pela própria abordagem biológica tradicional, o ecossistema informacional (que também existe na natureza através da linguagem das cores, odores, temperatura, movimentos etc) encontra suporte nos objetos humanos, estendendo a rede orgânica convencionalmente denominada natural, para toda matéria derivada dos organismos vivos. Fato que pode levar à hipótese (esta que não invalida as lutas ecológicas, mas complementa) de que a tecnologia e o meio urbano, as máquinas e a vida artificial são consequências naturais do desdobramento biológico desde a matéria inorgânica, e são portanto, também vivos. Isso deve gerar uma discussão em termos de desequilíbrio ecológico, e não em termos de invasão da artificialidade e exclusão da natureza. Analogias morfológicas e funcionais das formas urbanas e artificiais em geral são ecos da natureza. Portanto, um processo teleológico que institui um caminho através da artificialidade em direção à naturalidade eterna, incluindo assim um suporte informacional como os neurônios, e órgãos de fluxo como as vias de transporte, de amadurecimento e de defesa do organismo em escala global e muitas funções próprias de organismos individualizados. Em proporção semelhante à da sequóia, 99,9% da massa da sociedade humana é "morta", fazendo porém, parte de um corpo constituído por processos orgânicos e fases de crescimento, intimamente ligados aos ritmos circadianos. O processo como um todo assemelha-se aos desdobramentos entre organismos(indivíduos)unicelulares, multicelulares, colônias e novamente, indivíduo(multicelular), num ciclo ascendente e global, lembrando também as funções fractais e o anamorfismo mineral / biológico.
Algumas hipóteses bem conhecidas, mas também com abordagens metafísicas externas à práxis centifica em seus métodos de inferência, afirmam que os minerais são vivos, pois algumas pedras preciosas e semi-preciosas, e muitos elementos geológicos (vide espeleologia) comportam-se parcialmente como seres vivos, já que nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Fato que em sua incompletude, entra em análise acompanhados dos vírus, inclusive os de computador, pois sabe-se que (os primeiros) são inertes e praticamente minerais quando não hospedados, apesar de evoluirem.
Pesquisas em inteligência artificial e a própria rotina da internet e dos computadores demonstram que formas "vivas" (trojans, virus, spywares, worms, backdoors, etc.) também comportam-se, em termos epistemológicos, como os seres vivos tradicionais, recebendo de forma ligeiramente irônica, nomes de seres vivos.
Afinal, o que é sustentabilidade?
Sustentabilidade é a palavra que mais se ouve e se lê por aí — na administração, na economia, na engenharia ou no Direito. Mas, afinal, o que significa sustentabilidade? Como bom mentor, vou tentar explicar de forma simples o conceito que já faz parte da vida moderna. Em primeiro lugar, trata-se de um conceito sistêmico, ou seja, ele correlaciona e integra de forma organizada os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade. A palavra-chave é continuidade — como essas vertentes podem se manter em equilíbrio ao longo do tempo. Quem primeiro usou o termo foi a norueguesa Gro Brundtland, ex-primeira ministra de seu país. Em 1987, como presidente de uma comissão da Organização das Nações Unidas, Gro publicou um livreto chamado Our Common Future, que relacionava meio ambiente com progresso. Nele, escreveu-se pela primeira vez o conceito: “Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades”. Note que interessante: a proposta não era só salvar a Terra cuidando da ecologia, mas suprir todas as necessidades de gerações sem esgotar o planeta. “Nem de longe se está pedindo a interrupção do crescimento econômico”, frisou Gro. “O que se reconhece é que os problemas de pobreza e subdesenvolvimento só poderão ser resolvidos se tivermos uma nova era de crescimento sustentável, na qual os países do sul global desempenhem um papel significativo e sejam recompensados por isso com os benefícios equivalentes.”
CONCLUÇÃO
O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. È o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:
Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural mesmo com uma massiva intervenção humana e outras espécies do planeta, incluindo toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites.
Recursos e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro, como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo, que não se originam de atividades humanas.